[[ a minha actividade ]]
Sempre olhei para a minha actividade à luz de 3 vectores ou dimensões:
1) Organizacional
Refere-se a toda a envolvente do meu trabalho, desde as instalações físicas (ergonomia, luz, cadeira, equipamento informático...), as relação com as pessoas (aqueles com quem temos que lidar todos os dias), as ligações entre as várias àreas da empresa (que impactam no que é nosso dia-a-dia), o trato com as chefias directas e indirectas (o que podemos ou não reclamar, como lidamos com as dificuldades diárias) e a pressão que nos é colocada (ou até auto-colocada) na busca de resultados versus o mérito atribuido por execuções correctas do nos foi solicitado.
2) Profissional
Considero nesta dimensão a componente de carreira, a satisfação do que fazemos em contraponto com o que gostariamos de fazer, e se existe a possibilidade, no futuro, de estas realidades de aproximarem (idealmente, se juntarem). Se nos vemos a fazer no futuro o que fazemos hoje, se vemos um caminho evolutivo à nossa frente, ou se estamos a "atirar bolas à parede", não acredito num trabalho congelado, não me vejo a fazer o mesmo uma vida inteira. Ainda anexo a esta categoria o retorno financeiro, não podemos viver sem ele, hoje a nossa vida, ou a qualidade dela, depende, em grande parte, do vencimento auferido (muitos puristas ainda acham que não). Sobre este tema já escrevi anteriormente: Vencimento elevado ou não?
3) Tecnológico
Gosto de sentir que a minha actividade estar em evolução, que não estou parado no tempo, que hoje faço um trabalho mais complexo do que fazia à 10 anos quando iniciei o meu percurso. Tem que existir um desafio (se não diário, pelo menos frequente) de aumento do conhecimento, com utilidade e actualidade. Gosto de perceber que o que fiz ontem, faria melhor hoje, sei mais, sei melhor. Quando revisito aplicações que fiz sinto um misto de alegria (hoje não cometeria alguns do erros) com tristeza (saimos com demasiada teoria da Universidade), mas como seria injusto julgar o trabalho com retroactivos, vou vivendo com a máxima de não cometer o mesmo erro duas vezes. Tem que ser incluída nesta componente a formação (interna e externa), que permitem uma valorização pessoal e profissional e aumentam consideravelmente a auto estima.
Esta é uma leitura muito pessoal, algumas pessoas vão-se rever, outras vão achar que está tudo mal, mas para mim tem servido. Serve para avaliar a minha actividade, se imaginarmos uma figura a três dimensões é possivel perceber em estado está a minha carreira.
Daqui a uma semana faço 35 anos de vida, e não podia deixar de ser um momento de balanço, sinto que algo tem que mudar, eventualmente em escalas diferentes, em dois dos três vectores que regem a minha actividade profissional.
Saudações Gloriosas.
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